sexta-feira, maio 20, 2011

e..." Os livro mais interessante continuam emprestado"



“AS ARTIMANHAS DA EXCLUSÃO”
 [Sebastião Salgado]
OU



P0R UMA VIDA PIOR ou A TEORIA DO ERRO

Filipa Saanan



                   Língua portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Olavo Bilac

Olavo Bilac, neste verso "Última flor do Lácio, inculta e bela”, refere-se ao nosso idioma: a última flor do lácio  é a língua portuguesa, porque a derradeira das filhas do latim. O termo inculto direcionado a todos aqueles que  em 1918 e ainda hoje em 2011 persistem em denegri-la,propondo o falar e o escrever errado.
Porém, a Língua Portuguesa perpetua-se Bela, apesar de... apesar d’Eles!

Introdução





Inicialmente, antes da abordagem primaz, entendo procedente a quo, esclarecer:- neste artigo pretendo me posicionar como Professora-que fui e sou, para tal faço um retorno no tempo:- apesar de já Pós-Graduada, iniciei minha carreira em Escola Rural, turmas multiseriadas, com Alunos da Roça, mãos calejadas pela enxada, pés e corpos cansados por léguas percorridas, para chegar ao Galpão onde instalada a Escola Estadual Olavo Bilac, aos quais dei o melhor de mim como resposta as suas almas sedentas pelo saber, e hoje sinto orgulho em ter conhecimento, que significante parte desta minha Primeira Turma de Educandos, conseguiu prosseguir seus estudos, ingressar nas Universidades, alguns são Advogados, Economistas, Administradores, Agrônomos e até Professores – Doutores, nos âmbitos acadêmicos.

I.



É o crítico Miguel Reale quem afirma “filosofia e arte são irmãs gêmeas”, em A filosofia na obra de Machado de Assis-(1982, X), quando se dispõe a apreciar os aspectos filosóficos da obra Machadiana. Provavelmente nasce da expressão de Reale o belo palimpsesto : ”porque filosofia e gramática são irmãs gêmeas”. [Apenas um adendo]
Não em Reale, a sustentação deste breve introito,visto que seu estudo sobre enfoque especifico,desejamos na verdade,traçar uma aproximação das duas maneiras de pensar o mundo, a filosófica e a literária- inserindo-obviamente uma exploração de Língua e Linguagem,visto que as bases da Literatura. 
O texto que nos servirá de corpus, encontra-se na acepção de utilidade pensada por Aristóteles. Segundo o filósofo grego, as coisas úteis seriam aquelas necessárias à subsistência humana,frente às quais o homem não pode fazer-se indiferente. Como exemplo, a necessidade de trabalho, de comer, de aprender, entre outras.Em suma, elementos que têm seu bem baseado em outros. Não possuem o bem ou o fim neles mesmo, sendo, portanto, úteis. Em Aristóteles o que nos interessa é a etimologia da palavra ócio, cuja origem nobre vem da palavra grega “skolé” que originou a palavra em latim “schola” que significa, em português, “escola”. Por isso se diz que a Filosofia, a Arte e a Ciência são filhas do ócio, portanto, da Escola.
Aristóteles em sua Metafísica,oferece os elementos necessários, para permearmos ligeiramente a filosofia,esta ciência centralizadora de todos os questionamentos humanos, tomando como diretriz o que de forma categórica nos ensina ao hierarquizar o conhecimento, que os animais mais sábios aqueles que além de superarem as sensações, são capazes de ouvir, memorizar e ensinar aquilo a que estiveram expostos. Isto posto, cabe aos humanos, dotados que somos de raciocínio, ocupar o lugar de animais sábios.
Pertinente esclarecer-muitos leitores por pouca intimidade com os textos filosóficos, interpretam os sofismos aristotélicos como negação de busca dos saberes- baseando-se apenas no conceito superficial de que sofismas -do grego antigo σόϕισμα -ατος, são falácias ou raciocínios capciosos, porque em filosofia, sofismo é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, quem conclui é o ser pensante,  inquieto e estudioso da mente humana. A Filosofia instiga,questiona,e conceitua, mas na verdade sua missão precípua é provocar nossa reflexão profunda diante dela, para a partir de,sermos seres capazes de buscar respostas aos seus ENUNCIADOS , elaborando pensamentos válidos e lúcidos sobre suas proposições,e até mesmo contraditórios.
Este, um caminho longo, ainda que de agradável percurso.
Recomendo!
Como dito, apenas uma passagem breve pela Filosofia, para introduzir o tema sobre o qual que pretendo discorrer.
II.
“AS ARTIMANHAS DA EXCLUSÃO”

Para não cometer equívocos, e se cometidos anteriormente, ter elementos para me retratar, sai em busca da Coletânea Viver e Aprender-Por uma Vida Melhor, após diversas idas e vindas, consegui um dos Volumes, exatamente o que trata da inclusão do “dizer popular nas aulas de Português . Após minuciosa leitura, mantenho minha posição de veementemente repúdio a Obra em pauta,principalmente por ser específica para Educação de Jovens e Adultos-EJA. 

Ratifico hoje, tudo que disse no artigo anterior, e sustento com plena convicção o Livro é um agravo ao Ensino da Língua Portuguesa.
No mesmo, afirma Heloisa Ramos “a proposta da obra é que se aceite dentro da sala de aula todo tipo de linguagem, ao invés de reprimir aqueles que usam a linguagem popular”


Os autores dão ênfase à conversação e a linguagem coloquial – tomando por base a fala de jovens e adultos oriundos de camadas sociais não alfabetizadas.No tópico denominado "concordância entre palavras", admitem que substantivo e adjetivo não sejam flexionados para concordar com um artigo no plural, alegando ser este um meio de não exclusão-lingistíca, quando deveriam propor mecanismos de aprimoramento destes falantes, para que a inclusão aconteça, não nivelando por baixo, mas sim pelo ensino do falar e do escrever corretamente. É isto que o Aluno busca na Escola. 

Alfabetizar, nivelando pelo erro, é desEducar!


O Livro, ainda que referencie autores respeitáveis e consagrados, cite [sem introduzir-conceitos] licença poética em Adoniran Barbosa no seu Samba do Arnesto, trate da inclusão digital- o que já deveria ter sido superado pelo MEC, não consigna propostas de atividades consistentes que ajudem o discente a refletir sobre o uso da linguagem oral em situações formais, menos práticas pedagógicas de ensino-aprendizagem, para que Jovens e Adultos, incorporem no seu falar diário a norma culta, e passem a usá-la nos diálogos informais.

Quanto às ferramentas e materiais pedagógicos, nada de novo, sugeridos jornais, revistas, outdoors ,e estrangeirismos inseridos no diálogo coloquial, peças já utilizadas por nós, desde 1900 e qualquer tempo.

Superficiais as situações de reflexão sobre as relações de diferenças entre fala e escrita, entre gêneros orais e escritos.
Reforçando, entenda-se por linguagem popular o falar errado, e é ai que reside o crime, conscientemente praticado pela Professora [redatora da obra] que fundamenta sua teoria em anos de magistério. Toda esta vivência- incipiente para Heloisa Ramos assimilar o básico:

- quem fala errado, pensa errado, lê errado, decodifica errado, e solidifica resistências intelectuais para o aprendizado da norma culta, e para o acesso a novos saberes. 



Vejamos nos Cases abaixo, sob a ótica da psicomotricidade-prática pedagógica que visa contribuir para o desenvolvimento integral do aluno no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional e sociocultural:

1.      no processo de alfabetização de uma criança , quando na condução da escrita-grafia , ao conjugar nossa mão com a mão deste noviço aluno, o lápis escorre leve, o movimento é fluido e suave;

2.      ao repetirmos o mesmo ato na alfabetização de um jovem ou  adulto, sentimos sua mão como pedra, rígida, endurecida, resistente a qualquer movimento, e o manejo do lápis para eles é um sacrifício perceptível a olho nu, de causar compaixão.

Assim ocorre com nossa mente, ela também cria resistências naturais a mudanças, se habituada a formular ideias e expressões de forma errada, reverter este quadro será tarefa hercúlea, para muitos, inatingível. 

Estes Jovens e Adultos, por suas vivências, oriundas da bagagem cultural que carregam, por herança familiar, por influência do meio e de seus interlocutores, trazem consigo esta resistência pétrea-incorporada.

Exemplifico:
Eles falam e escrevem: “Eu se esqueci de trazer os livro.” ou “Não era para mim estar aqui nesta escola.” 
Cabe a nós Professores- com dedicação e muito esforço, quebrar suas BARREIRAS LINGUISTÍCAS, para que consigam entrar no espaço abstrato das relações gramaticais, onde mim não é agente de qualquer ação , que eu se esqueci ,está reflexivamente incorreto, caso contrário- diante a permissividade do erro, sob a égide da pseudo inclusão, o ensino e a aprendizagem serão nulos, e estes Alunos-Cobaias, perecerão se esquecendo de esquecer o corretoeu me esqueci... ou não era para eu estar.., porque a referida resistência não foi trabalhada, mas sim desprezada pelo que se propõe como Uma Vida Melhor.

Os exemplos acima, retirados de minha experiência-cerca de 20 anos, em mais de 100 salas de aula, no Ensino Fundamental, no antigo MOBRAL, e na Graduação, nas incansáveis tentativas de repassar conceitos e teorias para um número expressivo de Jovens-Adultos e de Universitários.Sobre estes últimos  até hoje não compreendi como conseguiram ingressar nos Cursos Superiores, exatamente por sua carga cultural e linguística, criminosamente minimizada e empobrecida pela Formação [?] na Rede Pública do Brasil.



Não cometerei aqui a estupidez de afirmar que o Ensino da Língua Portuguesa pauta-se unicamente nas Regras Gramaticais, os mais recentes estudos da Linguística revelam que a competência linguística do ser humano é TEXTUAL e que as Escolas Públicas Brasileiras não tem desenvolvido sequer parte dessa competência.
Cabe ao Professor promover no Aluno seu desempenho oral e escrito, sua competência textual, o que nos é implícito-em estado latente, transformar este ser inteligente num ser comunicante capaz de expressar e de decodificar o “mundo” que o cerca com eficiência, via atividades que desenvolvam a reflexão, a argumentação, a criatividade,o que  é mister da Educação. Assim exercidas as Práticas Pedagógicas, permitimos que o Aprendiz seja o sujeito do processo Ensino-Aprendizagem e não um mero receptor de informações contaminadas pelo erro. 
O bom desempenho oral ou escrito promove seu espírito crítico,suas competências para entender as multiplicidades que lhe cercam, tornando este Indivíduo,um agente social atuante e transformador.


Certamente a Autora do Livro por Uma Vida Melhor, e seus Pares, destes estudos optaram por uma interpretação míope, exatamente por serem incapazes de ler, compreender e decodificar conceitos x conhecimentos.

Ao propor em sua Teoria de Massacre ao Português, onde dizer e escrever errado são o bom caminho para o Ensino Fundamental e para Educação de Jovens e Adultos, abolindo as regras gramaticais, como no exemplo: “os livros estão emprestados” ou “os livro estão emprestado”’, é um tanto faz-quanto tanto fez,a citada Professora e o MEC,cometem um crime de lesa-pátria, fortalecendo as trincheiras do Preconceito Linguístico, institucionalizando um Aphartaid.
Sim, é isto mesmo:- o preconceito linguístico é real, negar seria jogar para debaixo dos tapetes deste Governo Analfabeto,uma realidade vigente,que penaliza de forma brutal os vulneráveis, os menos favorecidos economicamente, obrigados que são a frequentar nossas Escolas Públicas deficitárias, tanto no que tange aos Princípios e Fundamentos da Educação, quanto as normas da Metodologia do Ensino. 
Este imenso universo de Alunos será em futuro breve,um exército de excluídos, barrados nas Universidades,sem condições de acesso ao Trabalho, marginalizados social e funcionalmente.
Enquanto uma nova e consistente visão Pedagógica persegue e luta pela inserção de Letramento (Letramento está acima da alfabetização, pois ele não ocorre apenas durante determinado tempo da vida do individuo, ele acontece antes e durante a alfabetização e continua para todo o sempre) desde a Alfabetização,nos deparamos com tamanha barbárie,porque outra denominação não há para classificar esta derrama obscena sobre as Escolas Brasileiras.
Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e nexo , diverso em gênero, número e grau do que pretende Heloisa Ramos.
Ao prestar um vestibular, as maiores dificuldades encontradas pelo candidato “formado” pela rede oficial de ensino são:- Redação e a Prova de Língua Portuguesa. Estes candidatos não conseguem desenvolver ou concatenar ideias sobre os Temas exigidos, menos responder aos tópicos gramaticais, ainda que em questões formuladas pelo sistema de múltipla escolha-neste exame por total dessaber, eles respondem: - a mamãe mandou bater neste... daqui.
Quem já integrou as Comissões de Vestibular, sabe bem o que afirmo.
O conteúdo programático, o material didático e as avaliações de Português - nas Escolas de 1o. e 2o.  graus - nos vestibulares, nos concursos públicos, nos testes de admissão e/ou de promoção de funcionários nas empresas, são elaborados com base nos preceitos da Gramatica Normativa.
Logo, esta apologia do erro, é um retrocesso histórico, é um resgate de “senzalas”, onde escravizados serão nossos discentes, acorrentados nos grilhões da ignorância, que se propõe instalar no País.

Nu na Entrevista 


No trabalho, fim precípuo dos Estudantes, egressos do Ensino Médio ou do Ensino Superior, os Gestores de RH, ou Headhunter,selecionam Profissionais para as Empresas não por meras leituras de um C.V., o Candidato deve superar etapas, a saber:

- Entrevistas: onde além de avaliar saberes específicos referentes ao cargo pretendido, mensurada sua capacidade e qualidade coloquial [ou seja, como fala, a logica de seu discurso, seu ordenamento dialógico, sua capacidade de decodificar as questões apresentadas pelo entrevistador; 

- Testes Psicológicos: para medir equilíbrio, autocontrole, habilidades de liderança, compartilhamento, sociabilidade, e capacidade de integração em equipes;

-Redação: para avaliar seu domínio da Língua Portuguesa e de outros idiomas exigidos.
Se aprovado nestas etapas, o Profissional segue para os Testes Práticos, inerentes a Função que a Vaga ofertada exige.
Este Processo é um teste de Empregabilidade do inglês Employability, ou de LOVEABILITY, que busca avaliar quanto este Profissional submetido a ele, possui qualidades, saberes e conhecimentos desejados pela Empresa.

Falar e  Escrever corretamente
 
No Ensino Fundamental o aluno adquire os alicerces que sustentarão seu trajeto pelas vias da Aprendizagem Continuada e do Educar-se para o resto de sua Vida, seja como pedreiro, faxineiro, professor, mestre ou doutor.
 
Logo, se este Aluno traz um cabedal de saberes deficitário, fortalecido pelo falar e escrever errado, seu futuro é perverso: 
- será mais um dos marginalizados, mais um a integrar as estatísticas dos excluídos, ou mais um que jamais sairá da linha da miséria intelectual e funcional.

Concluindo, afirmamos sem medo de equívoco:- o Livro distribuído para mais de 4.236 Escolas Públicas é não só A Teoria do Erro, mas sim uma tábua de mandamentos criminosos para Uma Vida Pior, que o Cidadão Brasileiro não merece, que o Brasil deve repudiar em voz alta, como dever de Cidadania.

Queremos um Povo Culto, queremos a Língua Portuguesa viva, respeitada e acessível a todos, queremos que cada Brasileiro fale e escreva corretamente, que cada Brasileiro seja educado para exercer em plenitude seus direitos constitucionais, com irrestrito acesso ao ENSINO DE QUALIDADE, A EDUCACÃO PLENA, AO TRABALHO, A SOCIEDADE GLOBALIZADA, A UMA VIDA JUSTA E DIGNA.

            O Analfabeto Político


            Berthold Brecht

            O pior analfabeto
            É o analfabeto político,
            Ele não ouve, não fala,
            nem participa dos acontecimentos políticos.

            Ele não sabe que o custo de vida,
            o preço do feijão, do peixe, da farinha,
            do aluguel, do sapato e do remédio
            dependem das decisões políticas.

            O analfabeto político
            é tão burro que se orgulha
            e estufa o peito dizendo
            que odeia a política.

            Não sabe o imbecil que,
            da sua ignorância política
            nasce a prostituta, o menor abandonado,
            e o pior de todos os bandidos,
            que é o político vigarista,
            pilantra, corrupto e o lacaio
            das empresas nacionais e multinacionais. 




"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." Ruy Barbosa



Notas Finais: 
 
 1.   Dominar nossa Língua Materna significa ter acesso a um mundo em que a linguagem [ler e escrever corretamente] é o passaporte para outras áreas do saber  e instrumento na transformação da sociedade.


     2.  Ao Poder Politico-vigente , interessa o Cidadão Analfabeto, porque pelo Populismo possível reduzir este Indivíduo - Vulnerável Intelectual e Socialmente à sua subordinação, subTraindo-lhe valores morais, espírito critico, princípios éticos, impondo-lhes a condição de Ignorantes até mesmo dos seus direitos constitucionais, como meio de Uso e Abuso deste Cidadão em proveito politiqueiro.






Filipa Saanan

13 comentários:

  1. Este seu artigo, Pipa é de uma elegância e de uma elucidação muito apropriadas ao momento!...
    Engraçado, eu ia falar de Aristóteles também, pois quando não avançamos na contradição, estagnamos.
    E aí a história, no sentido de mudança para o bem da humanidade, não acontece. A revolução industrial, não rompeu com algumas de suas contradições, por exemplo, a excessiva acumulação de bens de produção e de bens de capital e estagnou, virou água parada e vencida. Água contaminada, lixo , que hoje destrói a terra.
    Como o conceito preferido da esquerda é a contradição, sempre gerando movimento, a turma equivocada, pega a contradição sem a mudança.Que gera a estagnação.

    ResponderExcluir
  2. Pipa,
    Quem sai aos seus não degenera, minha AMIGA querida,OMBRO de todas as horas,, profissional exemplar , Mestra das Mestras, Parabéns!
    O orgulho de seu Pai, nunca foi em vão,Vc. é de fato mais que especial.
    Que bom, aprender sempre com sua cultura.
    Parabéns pelo artigo!
    Aqui na Universidade todos estão lhe seguindo e aplaudindo, como sempre.
    Um beijo, do colega e parceiro.
    José Carlos de Carvalho e Beira-RJ

    ResponderExcluir
  3. Professora Filipa Saanan,
    Temos aqui não um Artigo, mas uma Aula Magna.Estou entre os Professores que seremos obrigados a adotar o tal Livro, e suas palavras chegam como Luz, pois de igual forma discordei da proposta , assim como meus colegas. Vou repassar, e levar para debate em nossa Escola.
    Muito Obrigada.
    Helenice Raimundo da Silva-Juazeiro do Norte

    ResponderExcluir
  4. Tenho que me ajoelhar diante da Filipa.....

    Alfabetizar, nivelando pelo erro, é desEducar!( disse tudo!)
    Bjs

    Belvedere

    ResponderExcluir
  5. Filipa,
    "A lingagem em seu ventre me modela."(José Geraldo Nogueira Moutinho)
    "A palavra é o meu domínio sobre o mundo".(Clarice Lispector).
    "Quem vai contra a língua, vai contra o gênio de um povo, e contra o seu pensamento; numa palavra, contra a sua vida, no que ela tem de mais duro e de mais durável" (André Suarès)
    Ao ler a sua Aula Magna, no dizer de Helenice Raimundo da Silva,com o qual concordo inteiramente, e ao meditar no que escreveu também a Elane Tomich, só posso dar graças a Deus por pessoas como vocês existirem.
    Eu gostaria de que todos lessem o livro que estou lendo:
    Fernando Pessoa - uma quase autobiografia
    O poeta foi um grande purista da língua, a qual amava com ardor.
    É bom que se diga isso, uma vez que os puristas
    linguísticos, hoje, tornaram-se alvo do escárnio dos que pretendem subjugar o povo, roubando-lhe o que de mais precioso há: a capacidade de pensar, de refletir, o que só se é possível fazer quando se possui uma linguagem bem estruturada, lógica, coordenada, bem concatenada.
    E há o que desenvolva mais o sentido da lógica que o estudar da sintaxe?
    Para que todos tomem conhecimento, Fernando Pessoa é o maior poeta da língua portuguesa, tendo superado Camões.
    O grande perigo é o caminho sem volta, para nós, brasileiros,
    e aqui trancrevo versos do Fernando Pessoa:
    "Partir!
    Nunca voltarei.
    Nunca voltarei porque nunca se volta.
    O lugar a que se volta é sempre outro.
    A gare a que se volta é outra.
    Já não está a mesma gente, nem a mesma luz...."
    "Là bas, je ne sais où..." (Lá, não sei onde)
    Álvaro de Campos.
    E saberemos nós onde?
    Onde iremos chegar?
    "Una dies aperit, conficit una dies"
    (Um só dia começa a vida, um dia a fecha.Ansônio)
    Espero que a Vida não se feche para a nação brasileira, pela leviandade que impera nos dias
    atuais.
    Parabéns, Filipa!
    Muito me ensina, e sei que irá ensinar ainda.
    Beijos,
    Eliana Crivellari-Belo Horizonte-MG

    ResponderExcluir
  6. Filipa,
    Brilhante seu artigo.
    Suas palavras:- "quem fala errado, pensa errado, lê errado, decodifica errado, e solidifica resistências intelectuais para o aprendizado da norma culta, e para o acesso a novos saberes", deveriam ser gravadas em placa de ouro. Tomara Affonso Romano tenha lido, pois o Escritor anda a trocar alhos com bugalhos.
    Parabéns!
    Jair Bastos-JF

    ResponderExcluir
  7. Filipa,
    Na coluna de Pedro Marangoni, brilhante também -aplaudo de pé o colunista, deixei comentário,
    transcrevendo parte do que você escreveu:em
    Nu na Entrevista.
    Estou feliz, muito feliz pela lucidez mental de vocês, que, a deixar para os "Donos da Pátria",
    estaremos todos perdidos.
    Onde ficará a identidade nacional?
    Nem no limbo, Filipa, nem no limbo,
    para o inferno todos nós, que não adianta ser de uma "casta" privilegiada em meio ao desvario
    do país: "ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil".
    E poderá haver liberdade nas pegadas das incontradições?
    Sobre isso comentou muito bem Elane Tomich,
    beijos,
    Eliana Crivellari-BH-MG

    ResponderExcluir
  8. A Todos,
    Obrigada pela leitura,e contributos agregados ao meu artigo.
    Responderei individualmente, a cada um.
    Abs, de Filipa

    ResponderExcluir
  9. ESTE ARTIGO DEVERIA ESTAR EM TODAS AS MIDIAS, ESCOLAS, UNIVERSIDADES...ETC.
    PARABENS!
    laryssa bastos-rj

    ResponderExcluir
  10. Felizmente pessoas como Vc., lúcidas e competentes, podem falar por cada Brasileiro submetido aos desvarios deste Governo louco.
    Parabens, o artigo é uma lição de conhecimentos e de Cidadania.
    Vera Helena Marques e Freitas-BH

    ResponderExcluir
  11. Professora, em suas notas finais, do exemplar artigo, a verdade nua e crua deste governo PopuLulista:"Ao Poder Politico-vigente , interessa o Cidadão Analfabeto, porque pelo Populismo possível reduzir este Indivíduo - Vulnerável Intelectual e Socialmente à sua subordinação, subTraindo-lhe valores morais, espírito critico, princípios éticos, impondo-lhes a condição de Ignorantes até mesmo dos seus direitos constitucionais, como meio de Uso e Abuso deste Cidadão em proveito politiqueiro."
    Sei do que fala, pois estou dentro de uma sala de aula, onde faltam professores, falta merenda, falta material...falta vontade politica de mudar o caos.
    Aqui reina o Coronelismo.
    Parabens, e obrigada , por sua Luta pela Educação.
    Arminda Barcellos de Faz-Natal

    ResponderExcluir
  12. Pipa,
    Sua coluna trouxe vigor e entusiasmo â Literacia, esta revista de ótima qualidade.
    Ainda que discordássemos, eu diria "muito obrigada" pelo debate consistente, pela pertinência dos seus argumentos."
    Poderemos um dia divergir, mas, como eu respeito o seu caráter.
    Jamais, como eu disse para a Ana Merij , escreveria uma coluna "inspirada" em alguém, de conhecimento tão recente se não houvesse um grande motivo para isto. Já é difícil lidar com a minha coerência, imagine a coerência dos outros.
    beijos e parabéns pelo sucesso o que a quantidade, em tão pouco tempo, e a qualidade de seus leitores tem demonstrado.
    Grande abraço
    Elane

    ResponderExcluir
  13. Elane. obrigada.
    Sobre discordar...????
    Abs,Pipa

    ResponderExcluir

Obrigada, volte sempre!
Filipa Saanan