Sobre uma negra claridade…
Filipa Saanan
[Foto: Vadim Stein]
De repente:
os pés querem chão, porém, chão já não há
o corpo trêmulo tenta recortar-se, mas a cadeira se foi
as mãos em desespero buscam paredes que sumiram.
Apenas uma desenfreada queda no vazio apertado:
-musgo e enxofre, negra a luz: onde a saída?
O medo vadio e covarde invalidando a visão,
é testemunha do pânico a destruir o que sobra da derradeira lucidez.
Túneis magnéticos, impiedosos e cruéis a emitir sentenças de nosso destino:
- é câncer!
Perde-se a voz, perde-se o ar, perde-se!
Tudo gira na sombra que corta o silêncio assustado da casa,
que pousa pesada e obscura no olhar do tempo, coagulando possibilidades.
Paz é figura de linguagem, esperança se faz miragem!
Mil agulhas perfuram a fé - esvaída,
linha não há para sutura do desespero a escoar da carne – ainda viva {?}.
Mastiga-se o avesso do avesso, salpicado de fel, vinagre e bronze.
E neste redemoinho você segue, você decide [?] e vai...para onde?
Os Seios ?
Não Sei-os !
Não Sei-os !
Filipa, simplesmente emocionante seu poema. Coragem, estou em preces para que tenha força e vença esta luta.
ResponderExcluirAbrs da Maria Zélia-BH
Força Filipa, que sua fé esvaída seja apenas de momento, pois a fé cura, querida!
ResponderExcluirCoragem, e parabéns por seu poema-dor.
Rosa Célia Gomes-RJ
é assim mesmo, Filipa, mas a gente vence!
ResponderExcluirRosely Bastos-Muriaé-MG
Um poema pleno, real e bem conseguido!
ResponderExcluirA.R.A.Ribeiro- Portugal
Filipa
ResponderExcluirO caminhar é sofrido, mas a gente vence no final. Abraçadas e sorridentes diremos com a simplicidade dos verdadeiros heróis: - Vencemos!
Bjs
Belvedere