domingo, junho 19, 2011

De como uma Mulher se sente só...

Mistérios Dolorosos no Dizer Poético de  Florbela Espanca

[Vozes Femininas e seus Múltiplos Arquétipos]




Filipa Saanan

Os mistérios da existência, antes de postulados pelas Ciências, desnudos se tornam na poesia. Os poetas antecedem filósofos e psicanalistas, transitam permanentemente por eles, e dos mesmos produzem interpretações, anunciam seu entendimento, revelam suas tessituras, seus fusos. É o que nos mostra a obra de Florbela Espanca, quando aponta para o real e o imaginário, submetidos aos seus conflitos pulsionais. Sua escrita nos remete a um paradoxo entre forças construtivas e destrutivas, aquelas que habitam nosso eu mais que profundo: os complexos enigmas do existir.


Qualquer caminho que seja escolhido para permear o Ego, o Poeta já passou por ele. Nasce dai a interlocução entre psicanálise e poesia, pois ambas se ancoram na palavra manifesta. Para Lacan, a Poesia é o testemunho do Id.

A poesia de Florbela Espanca traz no seu bojo, as páginas do inconsciente coletivo- os arquétipos [partes do inconsciente individual que resultam da experiência ancestral da espécie, ou seja, contêm material psíquico que não provêm da experiência pessoal], em gritos fêmeos, que denunciam a presença de uma constelação de Mulheres e seus múltiplos arquétipos, permeando o feminino desde a sua superfície até as mais obscuras de nossas entranhas, tocando o viver e o morrer, o amor e a dor de modo tão agudo - quase ao martírio.





Segundo Jung, os arquétipos são elementos primordiais ou estruturais da psique  humana não como elementos herdados, mas como possibilidades oriundas destes elementos e estão para muito além das aquisições de conhecimentos individuais, pois  são comuns a todos os seres humanos. Eles são em si mesmos irrepresentáveis, seus efeitos podem ser descritos apenas em símbolos ou imagens metafóricas.


A minha dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.

Os sinos tem dobres d’agonia
Ao gemer, comovidos, o seu mal...
E todos têm som de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias...

A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!

Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo, e grito e choro!
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém...
                    (ESPANCA, 1996, p. 138)

Florbela Espanca construiu, por meio da poesia, um mundo em conversa com outras subjetividades e formas, trabalhando poeticamente variados aspectos do universo feminino: da filha bastarda; da mulher-mãe; da fêmea vulcânica; da virgem fervorosa e casta. A sua obra nasceu do diálogo que estabeleceu com as adversidades, com o direito e com o avesso, com a tradição e os costumes, com a crítica e o seu tempo, permanecendo, todavia, ordinariamente contemporânea.

Não é ocasional que ela tenha se tornado uma importante referência para o movimento feminista.

Ela cantou do amor e da dor: a desilusão, o abandono, a busca-perene, as quedas, o êxtase, os encontros e os desencontros.

Mas sua poesia abriga, também, aspectos da utopia ao criar espaços que retratam o devaneio, e a fantasia, confrontando-os com as vicissitudes da realidade em si.

“O texto utópico nos dá a vivida lição daquilo que não podemos imaginar: só que não o faz pela imaginação concreta, mas sim por meio dos buracos no texto, que são a nossa própria incapacidade de ver além da época e de suas conclusões ideológicas” Louis Marin (apud JAMESON, 1997, p. 85.
A verdade mais profunda do devaneio está naquilo que ele revela do principio de realidade nele mesmo, mais do aquilo que ele nos conta do nosso desejo: uma vez que todo drama desses últimos [...] está antes em tentar definir o que realmente  desejamos.
Nesse caso, o que nós não somos capazes de desejar ou de trazer para a figuração narrativa do sonho ou da fantasia  utópica é  mais significativo e sintomático [...]. (JAMESON, 1997, p.85)


O eu poético florbeliano tem a capacidade de se metamorfosear e de jogar com as formas da existência, o que confere à sua poesia uma sedução própria de alteridade- sua identidade consignada no outro, como um convite à experimentação das  emoções, e do desejo. Florbela desafia lugares instituídos e a distribuição desses lugares. Este desafio se dá por meio da inquietude do eu poético que busca constantemente o conhecer a si mesmo:

“Sei lá! Sei lá! Sei lá bem!/Quem sou? Um fogo-fátuo, uma miragem.../ Sou um reflexo... Um canto de paisagem/ Ou apenas cenário!/ Um vaivém”.

Em sua biografia, e nas suas letras , pelo aspecto confessional de seus dramas pessoais e conflitos de uma vida conturbada, e em sua não aceitação do estabelecido, entendemos que Florbela nos conta as causas ou motivações subjetivas e psicológicas para o seu suicídio.

A obra poética de Florbela demonstra as suas [as nossas] mazelas, os seus-[os nossos] conflitos humanísticos: os dúbios do Ser, os [des] viés do amor, o desatino das perdas, a impotência e a potência – humanas, diante da imponderável sina de vida e morte.

Diz Florbela:

Passei a vida a amar e a esquecer...
Um sol a apagar e outro a acender
Este amor que assim me vai fugindo
E igual a outro amor que vai surgindo
[in, Amor, Ódio & Ignorância].

Segundo as teorias psicanalísticas ,o amor como filho da paixão, caracteriza-se pela predominância do imaginário e do querer ser amado. O amor exige e aguarda reciprocidade. Ou seja, o amor se associa a ideia de plenitude, de suplências para uma alma em estado de esperas. Suplências e Plenitudes, ao que nos parece, jamais vivenciadas por Florbela:


“O Amor dum homem?/ [...]Quando quero o amor dum Deus!” [ in, Ambiciosa-p.234]

                                         Eu quero amar , amar perdidamente!
                                         Amar só por amar: Aqui...além.
                                         Mais tarde.

Eis aqui o sonho de completude, tal como apresentado em o Banquete de Platão: o amor é o que de dois, faz um.

Na Poesia de Florbela Espanca, as questões de desamparo, perdas, faltas, remetem para um vazio real, impossível de suportar. Sua obra é marcada por expressões de sofrimento, conjugadas ao anseio de felicidade, e de seu querer pelo absoluto.

Sua dor , associa-se a falta do objeto almejado [o homem amado- o filho que não teve], o que aponta para sua impossibilidade de se completar pelos canais do amor. Sua escrita é uma forma de margear os ocos deixados por infinitas ausências de... percebidas por Ela, como inatingíveis para sempre. Testemunho transcrito em seu Poema “Sem Rémedio”:

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que eu sinto e o que sou
Não sabem que passou, um dia, a Dor,
À minha porta e, nesse dia, entrou.

[...] Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

(Dal Farra, 1996, p. 158)



Seu sofrer é substantivo e plural, seu amor é congruência de errâncias. Desse sofrer-se, composto por uma diversidade de recortes conflituosos, Florbela também fala em seu em seu poema “Filhos”:

Filhos são as nossas almas,
Desabrochadas em flores;
Filhos, estrelas caídas
No fundo das nossas dores!

Filhos, aves que chilreiam
No ninho do nosso amor,
Mensageiros da felicidade
Mandados pelo senhor!

Filhos, sonhos adorados,
Beijas que nascem de risos;
Sol que aquenta e dá luz
E se desfaz em sorrisos!

Em todo o peito bendito
Criado pelo bom Deus,
Há uma alma de mãe
Que sofre p´los filhos seus!

Filhos! Na su´alma casta,
A nossa alma revive…
Eu sofro pelas saudades
Dos filhos que nunca tive!…

Florbela Espanca - 17/05/1916


A impossibilidade de ter filhos é componente marcante nessa alma forjada em perdas e tristezas. O que nos leva a pensar num processo de melancolização:
 -Florbela  dividida entre a mãe e a mulher, entre o homem e o filho. E o não ter filhos [sabemos] provoca sentimentos de efemeridade irreparável, causando uma dor psíquica incomensurável,  uma angústia intensa, uma melancolia avassaladora.

Segundo Freud, em Luto e Melancolia [1915] o estado melancólico, mostra o que está ausente, retrata o luto, dizima o ego. No luto e na melancolia, o mundo se torna pobre e sem sentido.

“Alma de luto, sempre incompreendida...”

“Espera ...espera ...ó minha sombra amada...Vê que além de mim, não há nada...”

Nestes versos, um grito de desamparo, uma vontade de pertencimento extrema, parece que Florbela quer reter o que já não é..., na tentativa de fazê-lo perdurar em si.

Como nos ensina Freud, o sujeito se identifica com o objeto e a libido se esvai com o objeto do amor - perdido, reduzindo o sujeito à pura pulsão de morte, numa posição de miserabilidade da vida.

A subjetividade e o eu se perdem entre as frestas do não conseguido. No texto O Ego e o Id, (1923), Freud diz, literalmente, que na melancolia há essencialmente um impulso de morte.

Florbela passou a vida a se torturar, dilacerada pela melancolia – sublimando [enquanto suportou] a pulsão de morte pelos trajetos da criação.


“O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem
mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes
uma exaltada com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma
que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!”

A melancolia- quase misantropia, delineada nos textos de Florbela apresenta-se com vários matizes e disfarces.

Tudo cai!Tudo tomba!Derrocada
Pavorosa!Não sei onde era dantes
Meu solar, meus palácios, meus mirantes!
Não sei de nada Deus não sei de nada!

Passa em tropel febril a cavalgada
Das paixões e loucuras triunfantes!
Rasgam-se as sedas, quebram-se os diamantes!
Não tenho nada, Deus não tenho nada!

Pesadelos de insônia ébrios de anseio,
Loucura a esboçar-e, a anoitecer
Cada vez mais as trevas do meu seio!
Ó pavoroso mal de ser sozinha!

Ó pavoroso e atroz mal de trazer
Tantas almas dentro da minha!...
(Espanca, 2007, p. 09)

Na criação literária de Florbela o que se evidencia é a maneira como ela conjuga amor e morte. Em seu texto há um embate entre essas duas matrizes conflitivas. Em raros momentos, sua escritura criativa emerge à favor da vida.
De forma geral, nessa Mulher e nos seus Mistérios Dolorosos, aparece uma imobilidade que está aquém do princípio de prazer, apontando sempre para um estágio mórbido.
O amor não foi bastante para resgatar Florbela do desespero derradeiro. Sua palavra, nutrida pelo desnudamento do Eu, de forma autobiográfica e confessional, é prenuncio de que cederá ao gozo mortífero.





Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte, 
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

[Florbela Espanca - Livro de Mágoas]


Ela denuncia sua fragilidade , como se diuturnamente à beira de um abismo, em sofrimento incessante:

“Cheguei a meio da vida já cansada/ De tanto caminhar!Já me perdi!/ [...]Sou neste mundo imenso a exilada./ [...]Se eu sempre fui assim este mar morto, /Mar sem marés , sem vagas e sem porto/Onde velas de sonhos se rasgaram.” (Dal Farra, 1996, p. 29).

Parece que seus empenhos de amor se frustraram, mas ela continua sondando o enigma indefinível de amar, este mistério que não pode ser esclarecido pela razão. O universo do amor é contraditório e paradoxal, arquitetado entre claros e escuros, é um coexistir entre o céu e o inferno, como ela nos mostra em cada um de seus textos.

A obra de Florbela aponta para o real indizível, conjugando gozo e morte. Os véus que velam o prazer ,também velam  a morte, transparências doridas do real. Diante desses enigmas, Florbela lança-se freneticamente a procura do apaziguamento de suas chagas, sem jamais alcançar, e pelo desamor vai ao encontro da morte.

Vejamos esta dualidade vivida por Florbela no poema “Deixai entrar a morte” onde emprega uma linguagem para falar do inominável da morte de qual ela já demonstra estar impregnada.

Deixai entrar a morte, a iluminada,
A que vem para mim, pra me levar,
Abri todas as portas par em par
Como asas a bater em revoada.

Que sou eu neste mundo? A deserdada,
A que prendeu nas mãos todo o luar,
A vida inteira, o sonho, a terra, o mar,
E que, ao abri-las não encontrou nada!

Ó Mãe! Ó minha Mãe, pra que nasceste?
Entre agonias e em dores tamanhas
Pra que foi, dize lá, que me trouxeste
Dentro de ti?...pra que eu tivesse sido

Somente o fruto das entranhas
Dum lírio que em má hora foi nascido!...

Certamente, novos estudos, revelarão ,ainda, angulos outros – ou seja, novos perfis na poética de Florbela Espanca, não apenas a poeta da dor e da saudade, triste e amargurada, mas uma mulher capaz de fazer escolhas e que escolheu para si o mundo da multiplicidade e da resistência ,recusando o emparedamento do ser  ao optar pela  morte, que é, também, uma manifestação arquetípica.





Florbela Espanca, é espelho de nossas multiplicidades, é sombra e é luz a revelar os conflitos do existir.

É o enigma do feminino em explosão na Poesia!



Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
                                   Florbela Espanca

Florbela Espanca, nascida Flor Bela Lobo, (Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de dezembro de 1930) foi uma poetisa portuguesa, precursora do movimento feminista em seu país, teve uma vida tumultuada, inquieta, transformando seus sofrimentos íntimos em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.

Filha de Antónia da Conceição Lobo, empregada de João Maria Espanca, que não a reconheceu como filha. Porém com a morte de Antónia em 1908, João e sua mulher Maria Espanca criam a menina. O pai só reconheceria a paternidade muitos anos após a morte de Florbela.

Em 1903 Florbela Espanca escreveu a primeira poesia de que temos conhecimento, A Vida e a Morte. Casou-se no dia de seu aniversário em 1913, com Alberto Moutinho. Concluiu um curso de Letras em 1917, inscrevendo-se a seguir para cursar Direito, sendo a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa.

Sofreu um aborto involuntário em 1919, ano em que publicaria o Livro de Mágoas. É nessa época que Florbela começa a apresentar sintomas mais sérios de desequilíbrio mental. Em 1921 separou-se de Alberto Moutinho, passando a encarar o preconceito social decorrente disso. No ano seguinte casou-se pela segunda vez, com António Guimarães.

O Livro de Sóror Saudade é publicado em 1923. Florbela sofreu novo aborto, e seu marido pediu o divórcio. Em 1925 casou-se pela terceira vez, com Mário Lage. A morte do irmão Apeles (num acidente de avião), abala-a gravemente e inspira-a para a escrita de As Máscaras do Destino.

Tentou o suicídio por duas vezes em Outubro e Novembro de 1930, às vésperas da publicação de sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, suicida-se no dia do seu aniversário, 8 de Dezembro de 1930. Charneca em Flor viria a ser publicado em janeiro de 1931.







Referências e Fontes:


ALEXANDRINA, Maria. A Vida Ignorada de Florbela Espanca. Porto: Edição da Autora, 1964.
FERNÁNDEZ, José Carlos, "Florbela Espanca: A Vida e a Alma de uma Poetisa", Lisboa, Nova Acrópole, 2011. [1]
FERNÁNDEZ, José Carlos, "Florbela Espanca: A Vida e a Alma de uma Poetisa", Lisboa, Nova Acrópole, 2011.

FARRA, Maria Lúcia Dal. Afinado desconcerto (contos, cartas, diário). São Paulo: Iluminuras, 2001.
_______. Florbela Espanca. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1994.
_______. ”Florbela inaugural”. In: Literatura portuguesa Aquém-Mar, Annie Gisele Fernandes e Paulo Motta Oliveira, pp. 197–211. Campinas: Editora Komedi, 2005.
_______. “Florbela: um caso feminino e poético”. In: Poemas de Florbela Espanca. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pp. V-LXI.


JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da psicologia junguiana. Trad. Araceli  Elman. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1983.
Bonfim, Renata. Florbela Espanca: o devir monstro  de uma poética feminina e fragmentada-Maio 2010: Artigo
Barros, Eliana Luiza Santos. Os enigmas do dizer poético de Florbela Espanca- Tese



8 comentários:

  1. Filipa, vc. é demais Menina. Que ensaio perfeito, uma dss mais belas interpretações de Florbela, que já li.
    Afetuoso abraço, Maria Zélia Baeta-BH

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  2. Belo, muito belo!
    Carla Orlandi-RJ

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  3. Brilho e Luz,em SUAS PALAVRAS-SEMPRE.
    Parabéns pelo excelente ensaio.
    Sua leitora:
    Maria Cleide Rosebemrg-RO

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  4. Emocionante!
    Um estudo de primeira ordem,e de máxima grandeza.
    Glória de Farias Fajardo-RJ

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  5. "Na criação literária de Florbela o que se evidencia é a maneira como ela conjuga amor e morte. Em seu texto há um embate entre essas duas matrizes conflitivas. Em raros momentos, sua escritura criativa emerge a favor da vida.
    De forma geral, nessa Mulher e nos seus Mistérios Dolorosos, aparece uma imobilidade que está aquém do princípio de prazer, apontando sempre para um estágio mórbido.
    O amor não foi bastante para resgatar Florbela do desespero derradeiro."
    Filipa, muito bem escrito o seu artigo, como sempre em tudo o que é seu -brilho!- fez-me ver o porquê de eu não gostar de Florbela Espanca, ainda reconhecendo o inegável talento da poeta.
    O versos são perfeitos.
    No entanto, o trecho que selecionei acima e copiei da sua escrita fundamenta o porquê do meu não apreciar a obra: o mórbido não me cativa de forma alguma.
    Excelente como você desenvolveu o tema de forma a tornar muito claro o que ocorreu na estruturação mental de Florbela.
    Muito obrigada e parabéns,
    Abraços,
    Eliana Crivellari

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  6. "Certamente, novos estudos, revelarão ,ainda, angulos outros – ou seja, novos perfis na poética de Florbela Espanca, não apenas a poeta da dor e da saudade, triste e amargurada, mas uma mulher capaz de fazer escolhas e que escolheu para si o mundo da multiplicidade e da resistência ,recusando o emparedamento do ser ao optar pela morte, que é, também, uma manifestação arquetípica"

    Filipa, se eu soubesse escrever como vc, teria escrito exatamente esse trecho, que retrata minha visão de Florbela. Obrigada por ler minha alma.Obrigada por tudo que nos ensina com tanta generosidade e competência.
    BRAVO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Bjs.
    Belvedere

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  7. Meu obrigada a todos,por dedicarem um pouco de seu tempo, para leitura de meus artigos.
    Creiam, sou de fato grata e feliz por isto.
    Fraternalmente,
    Filipa

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  8. Filipa, tenho lido seus artigos com muito gosto. Qualidade de conteúdo, nexo textual, brilhantismo nos enfoques.
    Agradeço por dividir conosco temas tão preciosos.
    Maria Elvira Barros -BH

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Obrigada, volte sempre!
Filipa Saanan